Um espaço amplo. Argila no centro.
Os intérpretes olham atentamente para ela.
O que fazer com a argila?
Qualquer toque irá transformar a argila numa qualquer outra coisa
que não voltará a recuperar a sua forma inicial.
A argila começa a girar.
O palco é, de repente, uma grande roda de oleiro.
O corpo dos intérpretes, as mãos dele.
A argila gira cada vez com mais velocidade. Agora, qualquer tentativa de manipulação, será inevitavelmente uma dança entre o corpo e a matéria.
A matéria não terá uma forma escultórica acabada.
A rotação circular da roda não terá fim.
O movimento dos intérpretes também não.